Soluções em Pauta

Segurança na nuvem: como orquestrar uma defesa integrada em ambientes muticloud?
Artigo por Luciano Gomes, gerente de Arquitetura de Soluções de TI na Oi Soluções
A nuvem deixou de ser futuro e se tornou presente. Uma realidade que sustenta a transformação digital. Empresas ao redor do mundo avançam em suas jornadas de migração, seja com um único provedor ou com estratégias multicloud. De acordo com o Relatório de Segurança na Nuvem 2025 da Cybersecurity Insiders e Fortinet, 78% das organizações já operam em ambientes híbridos ou multinuvem. No entanto, 61% veem a segurança e a conformidade como obstáculos para uma adoção plena. Esse cenário se explica: à medida que a infraestrutura se descentraliza entre múltiplos fornecedores, torna-se mais desafiador manter uma postura de segurança unificada.
A questão não é mais se “devemos migrar para a nuvem”, mas sim “como garantir que a jornada para a nuvem seja segura e não um salto no escuro?”. Plataformas, workloads, identidades e dados se espalham por múltiplas camadas, e a falta de visibilidade e controle (indicada por 55% dos profissionais de TI e cibersegurança entrevistados no mesmo estudo) representam vulnerabilidades que não podem mais ser tratadas de maneira isolada.
Na Oi Soluções, entendemos que a proteção de um ecossistema digital não se resume a empilhar ferramentas, mas a orquestrar camadas de defesa que conversem entre si. Nesse contexto, nosso portfólio de segurança em nuvem foi desenvolvido para operar no modelo de cocriação, abordando as necessidades dos clientes. Cada solução atende a um ponto específico, mas é a combinação delas que transforma uma infraestrutura complexa em uma estratégia defensiva, integrada e proativa.
Orquestrando as camadas para uma defesa inteligente
Cloud Hub: gestão do ambiente multicloud
Antes de proteger aplicações e dados, é essencial gerenciar o ambiente onde eles operam. Com isso, a nossa solução Cloud Hub desempenha essa função ao centralizar a gestão de múltiplos provedores de nuvem, oferecendo visibilidade e governança sobre todo o ecossistema, seja ele público, privado ou híbrido. A ferramenta atua também para otimizar o uso de recursos, reduzir custos das operações (FINOPs) e manter o ambiente em conformidade com as melhores recomendações em segurança em nuvem.
Análise de Vulnerabilidades: diagnóstico inicial
Com o ambiente orquestrado e visível, o próximo passo é mapear as brechas antes dos atacantes. A análise de vulnerabilidades atua como um check-up constante, realizando uma varredura completa que detecta, classifica e prioriza falhas baseadas no risco e na exposição. Como resultado, temos um plano de ação definido para correção a fim de reduzir a superfície de ataque.
MSS Firewall Virtual: proteção do perímetro
A segurança de perímetro é a primeira linha de defesa contra ameaças externas em ambientes em nuvem, mas não pode se limitar apenas aos recursos nativos oferecidos pelas plataformas de cloud. Para garantir uma proteção robusta, é essencial contar com um Firewall Virtual de nova geração (NGFW), capaz de inspecionar o tráfego até a camada 7 e aplicar controles avançados, como IPS, filtragem de aplicações, prevenção contra malwares e integração com serviços de Threat Intelligence.
Com o serviço gerenciado MSS da Oi Soluções, toda a configuração, monitoramento contínuo e resposta a incidentes ficam sob responsabilidade de especialistas do nosso SOC (Security Operations Center), assegurando que ataques sejam identificados e bloqueados antes de atingirem servidores e aplicações críticas.
WAF (Web Application Firewall): proteção de aplicações expostas
Para complementar a segurança de perímetro, o WAF (Web Application Firewall) analisa todo o tráfego web e de APIs, oferecendo uma camada avançada de proteção contra ataques direcionados a serviços críticos acessados pela internet, como sites, portais, sistemas online e integrações entre aplicações.
A solução atua como um escudo inteligente contra ameaças como injeções de código, exploração de vulnerabilidades em APIs, malwares e ataques de dia zero, preservando a disponibilidade, integridade e confidencialidade das aplicações, e reduzindo significativamente os riscos de invasão e vazamento de dados.
CASB SAAS (Cloud Access Security Broker): governança de aplicações e arquivos em nuvem
Em seguida temos o CASB SaaS, que centraliza a segurança das aplicações e arquivos hospedados em nuvem, monitorando seu uso, identificando aplicativos não autorizados e implementando políticas de acesso. Ou seja, o CASB SaaS dá governança e controle centralizado sobre como os colaboradores usam serviços em nuvem, reduzindo riscos de vazamento de dados e uso indevido, além de aplicar Políticas de Segurança para garantir conformidade regulatória.
EDR (Endpoint Detection and Response): proteção dos dispositivos
Por outro lado, o EDR opera diretamente nos endpoints e dispositivos, incluindo laptops, desktops e servidores. Esses dispositivos, considerados a principal porta de entrada para ataques cibernéticos através dos usuários da rede, necessitam de monitoramento contínuo. Portanto, a solução supervisiona comportamentos suspeitos em tempo real, identifica ameaças como malwares, ransomwares e ataques de força bruta, e responde de forma rápida para isolar o dispositivo comprometido, evitando que o ataque se espalhe pela rede.
Cofre de Senha (PAM - Privileged Access Management): controle de acessos de usuários
Já no contexto das permissões de usuários, o acesso privilegiado é um vetor de risco crítico para os ambientes em nuvem. Se as credenciais de administradores e sistemas forem comprometidas, o invasor obtém controle total sobre o ambiente. Nessa condição, o cofre de senhas gerencia o controle de acesso dos usuários, reunindo as credenciais mais importantes em um local seguro e assegurando que somente usuários autorizados possam usá-las quando necessário.
MDR (Managed Detection And Response): monitoramento contínuo e resposta a incidentes
Detecção avançada de ameaças, com correlação de eventos e resposta a incidentes em tempo real. Uma combinação de ferramentas automatizadas com a expertise humana, prestada através dos profissionais altamente qualificados do Centro de Operações de Segurança (SOC). Ou seja, um monitoramento contínuo (24x7), que permite que incidentes sejam contidos antes de impactarem o negócio.
A jornada para a nuvem exige muito mais do que apenas adotar novas tecnologias — requer uma estratégia de segurança integrada, capaz de orquestrar diferentes camadas de proteção em um ambiente multicloud cada vez mais complexo. Ao alinhar visibilidade, governança e resposta ágil a incidentes, as empresas conseguem transformar a nuvem em uma aliada da inovação, não em um ponto de vulnerabilidade.
Vamos juntos construir uma defesa inteligente?
Fale com um de nossos especialistas!